Saturday, September 30, 2006

Elementos...


Chega a determinadas alturas da nossa vida em que o stress e as adversidades do nosso tão ”querido” quotidiano nos impelem a procurar algo que sirva de escape, talvez um último reduto antes da insanidade mental. É nessas alturas que surge algo que nos liberte das preocupações, um elemento que ao mesmo tempo é assustador e merece todo o nosso respeito. Enquanto nos confere uma adrenalina sublime, liberta-nos o espírito de tudo o que nos atormenta, por breves instantes, o homem e o mar fundem-se num só, uma relação de simbiose, uma troca mútua entre dois elementos onde um nos proporciona a tal paz de espírito e o outro exige dos seus pares o respeito para com o mesmo. Mas por vezes existem valores que falam mais alto e nos afastam deste tão belo elemento, valores esses não menos importantes, talvez até mais, outras vezes a estúpida letargia de final de semana onde apenas nos apetece ficar quietos e o mar dá lugar a outro elemento, o sofá… Basta!! Este elemento parasita não nos trás a tão almejada quietude de espírito, apenas aumenta a nossa ansiedade por não ter feito nada durante dois dias a não ser exercício de dedo mudando incessantemente canais televisivos. Através do contacto com este elemento parasita, não obtivemos qualquer paz de espírito mas sim aumentamos a nossa ansiedade, i.e., decididamente não estamos preparados para mais uma semana de adversidades e não houve o tão almejado contacto com o precioso elemento. Por vezes a ligação entre a nossa massa cinzenta e o nosso corpo falha e por muito que nos queiramos levantar, simplesmente não conseguimos… Mas sempre que está de volta o sol e o mesmo nos impele a sair da tão abominada letargia e inevitavelmente saímos… E eis que quando damos por nós, estamos no mar…

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